No último dia 21 de novembro, o presidente venezuelano Nicolás Maduro protagonizou um momento incomum: à frente de um público de estudantes, no palácio de Miraflores, ele ao som de um remix com suas próprias falas repetiu palavras de paz e desafio, dançando com sua esposa diante de aplausos e gritos de apoio dos participantes.

O remix trazia frases em inglês como “no war, no crazy war, no, no, no” e “peace, peace, yes, peace!”, uma tentativa de transmitir uma mensagem internacional de paz.

Com o microfone em mãos, Maduro conclamou os universitários venezuelanos — e pediu que estes entrassem em contato com movimentos estudantis nos Estados Unidos — para mobilizarem um protesto “contra os interesses bélicos” americanos.

A atmosfera combinou festa e militância: “É sexta-feira… a Venezuela está em paz, sexta-feira à noite se declara festa total… Ninguém me para! Música”, declarou o líder, antes de iniciar a dança.

Entre os gritos da plateia, uma jovem declarou alto “Maduro, eu te amo” — e o presidente devolveu com “Eu também te amo”, gerando grande comoção no público. Ao final, ele disse que o amor lhe dava forças para “vencer todos os demônios, todas as ameaças e perigos”.

Com esse ato simbólico, Maduro buscou reafirmar sua retórica pacifista — em meio a crescente tensão militar entre Caracas e Washington — usando a dança como ato político e mensagem pública de resistência.