sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Glauber Braga evita cassação, mas Câmara aprova suspensão de 6 meses por quebra de decoro.

Júnior Silva

Júnior Silva

Publicado em: 11/12/25 – 10:11

Glauber Braga evita cassação, mas Câmara aprova suspensão de 6 meses por quebra de decoro.

Júnior Silva

Júnior Silva

Publicado em: 11/12/2025
10:11

Glauber Braga evita cassação, mas Câmara aprova suspensão de 6 meses por quebra de decoro

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (10), por 318 votos a favor, 141 contra e 3 abstenções, a suspensão por seis meses do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). O parlamentar evitou a cassação, encerrando um processo que tramitava desde abril de 2024.

Braga foi investigado pelo Conselho de Ética após empurrar e chutar Gabriel Costenaro, militante do Movimento Brasil Livre (MBL), durante um protesto no Congresso. O caso ganhou velocidade nesta semana depois de a Presidência da Casa decidir levar o tema diretamente ao plenário.

A votação ocorreu um dia após um dos momentos mais tensos do ano legislativo. Na terça-feira (9), o deputado ocupou a Mesa Diretora em protesto contra a tramitação do processo e acabou retirado à força pela Polícia Legislativa. A operação, que incluiu o corte da transmissão da TV Câmara e a retirada de jornalistas do plenário, gerou forte repercussão.

Em discurso na defesa própria, Glauber afirmou que reagiu após o militante do MBL ofender sua mãe.
“Para defender minha família sou capaz de muito mais do que um chute”, declarou. “Calar o mandato de quem não se corrompeu é uma violência.”

Durante a sessão, parlamentares da oposição ao governo criticaram a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar o processo.
“Cassar o Glauber é cassar parte de cada um de nós”, disse o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ).
A deputada Duda Salabert (PDT-MG) afirmou que a votação representava “a cassação da coragem e da coerência”.
Já Talíria Petrone (PSOL-RJ) argumentou que punir o deputado por reagir a uma provocação criaria um “precedente inenarrável”.

Com a suspensão, Glauber Braga perde temporariamente o mandato, o salário e as prerrogativas parlamentares, mas retorna automaticamente ao cargo após o período de seis meses.

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