
O reajuste do salário mínimo previsto para 2026 deve impactar diretamente as despesas dos microempreendedores individuais (MEIs). Com o novo piso nacional fixado em R$ 1.621, as contribuições mensais obrigatórias vinculadas ao salário mínimo serão automaticamente atualizadas.
A mudança afeta o valor do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS-MEI), pagamento essencial para manter o CNPJ ativo e garantir o acesso aos benefícios previdenciários. Assim, o aumento do salário mínimo não influencia apenas os rendimentos dos trabalhadores formais, mas também os custos fixos de quem trabalha por conta própria.
Mesmo que o reajuste represente um acréscimo pequeno mês a mês, ele exige atenção no planejamento financeiro, já que o DAS deve ser pago todos os meses, independentemente de o empreendedor ter faturamento no período. Os novos valores passam a ser cobrados a partir de fevereiro de 2026, com vencimento no dia 20.

Novos valores do DAS e impacto no MEI Caminhoneiro
O DAS-MEI é composto pela contribuição ao INSS, equivalente a 5% do salário mínimo, além de tributos fixos que variam conforme a atividade exercida. Com o novo valor do piso nacional, a contribuição mensal passa a ser de:
- R$ 82,05 para comércio e indústria;
- R$ 86,05 para prestação de serviços;
- R$ 87,05 para atividades que envolvem comércio e serviços.
Esses valores já incluem INSS, ISS e ICMS, quando aplicáveis.
Para o MEI Caminhoneiro, o impacto é maior. Nessa categoria, a contribuição previdenciária corresponde a 12% do salário mínimo. Com o reajuste de 2026, o valor destinado ao INSS sobe para R$ 194,52. Somados os impostos fixos, o DAS mensal ficará entre R$ 202,42 e R$ 207,42, a depender da atividade registrada.
O teto de faturamento anual do MEI permanece em R$ 81 mil. Caso esse limite seja ultrapassado, o empreendedor deverá migrar para outra categoria empresarial.
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