sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
General Heleno estava em Brasília e foi direcionado para o Comando Militar do Planalto. Foto: Ton Molina/STF

Generais condenados por trama golpista são presos e começam a cumprir pena

Júnior Silva

Júnior Silva

Publicado em: 25/11/25 – 23:43

Generais condenados por trama golpista são presos e começam a cumprir pena

Júnior Silva

Júnior Silva

Publicado em: 25/11/2025
23:43
General Heleno estava em Brasília e foi direcionado para o Comando Militar do Planalto. Foto: Ton Molina/STF

A mais recente reviravolta no processo que investiga a chamada “trama golpista” culminou, nesta terça-feira, com a prisão dos generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, ambos ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro. A detenção foi ordenada pelo STF após a declaração de trânsito em julgado — quando não cabem mais recursos — e marca o início do cumprimento efetivo das penas definidas no julgamento.

Heleno — ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) — recebeu condenação de 21 anos de prisão, enquanto Nogueira — ex-ministro da Defesa — foi sentenciado a 19 anos, ambos em regime inicial fechado. As acusações contra eles incluem crimes graves como tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado.

Logo após a ordem judicial, os dois militares foram conduzidos ao Comando Militar do Planalto, em Brasília — unidade militar adequada para presos de alta patente, conforme estabelece o estatuto das Forças Armadas. A operação de prisão contou com a presença de oficiais de alta patente, evidenciando a formalidade e gravidade da execução da sentença.

A prisão dos generais faz parte de um movimento amplo do STF, que também decretou a execução de penas para outros integrantes do núcleo central da trama, inclusive para o ex-presidente Bolsonaro. Com isso, encerra-se oficialmente a fase recursal do processo, abrindo caminho para o cumprimento de sentenças que têm repercussões políticas e institucionais profundas — tanto para os condenados quanto para as Forças Armadas e o sistema de justiça.

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