Uma policial da cidade de Buenos Aires foi suspensa de suas funções após surgir a notícia de que ela gravava vídeos de conteúdo sexual vestindo o uniforme oficial da corporação. A revelação mobilizou autoridades e provocou forte repercussão pública.
A agente, de 21 anos, admitiu ter entrado no universo de “conteúdo adulto” motivada por dificuldades financeiras: quando estava em licença médica, passava a receber apenas metade do salário. Segundo ela, como mãe solteira, precisou buscar alternativas para sustentar a si mesma e à filha.
Nos vídeos identificados nas plataformas digitais, algumas cenas mostram a policial usando partes do uniforme — embora sem insígnias identificadoras — em situações de conotação sexual, inclusive com uso de acessórios da corporação. A corporação entendeu que a conduta fere o regulamento interno e os princípios de conduta exigidos de agentes públicos.
Como consequência, foi aberto um processo administrativo disciplinar e a policial foi afastada das suas funções. Segundo os responsáveis pelo caso, a conduta atinge “significativamente o prestígio da instituição”, tornando insustentável sua permanência no cargo.
A mulher, por sua vez, defende que não houve intenção de denegrir a imagem da corporação — mas afirma que a decisão de gravar o conteúdo foi fruto de “desespero financeiro”, ressaltando que as restrições salariais e a responsabilidade de cuidar de uma filha pequena a colocaram numa situação de vulnerabilidade.
O caso segue sob investigação interna da polícia, que avaliará se caberá demissão ou outra penalidade — ao mesmo tempo em que reacende o debate sobre ética, imagem pública e liberdade individual de agentes que atuam em forças de segurança.