O ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu que tentou violar sua tornozeleira eletrônica usando um ferro de solda quente. A confissão aparece em um vídeo da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), anexado ao processo que motivou a sua prisão preventiva.
Segundo o relatório da Seape, o dispositivo apresentava marcas claras de queimadura por toda a sua circunferência, especialmente na parte de encaixe do “case” protetor. Ao ser questionado, Bolsonaro afirmou: “meti ferro quente aí. Curiosidade.”
Quando perguntado sobre o tipo de ferramenta utilizada, ele especificou: “Não, ferro de soldar, de solda.” Apesar disso, negou ter tentado romper a pulseira, afirmando: “Não rompi a pulseira, não.”
De acordo com o documento oficial, o alarme de violação do monitoramento eletrônico disparou por volta de 00h07 de sábado, momento em que uma equipe foi enviada à residência de Bolsonaro para averiguar a situação. Após constatar o dano, o equipamento foi substituído por outro modelo.
A defesa de Bolsonaro, por sua vez, argumenta que a tornozeleira foi imposta com o objetivo de “humilhá-lo” e nega qualquer plano de fuga.
Em reação, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu 24 horas para que a defesa se posicione sobre a tentativa de violação do equipamento.