O secretário de Estado da Economia de Goiás, Francisco Sérvulo Freire Nogueira, afirmou em audiência pública na Assembleia Legislativa que os próximos anos serão marcados por um volume robusto de investimentos. A declaração ocorreu durante a apresentação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026, concomitante à prestação de contas do segundo quadrimestre de 2025.
Na proposta orçamentária, as despesas e as receitas para 2026 estão previstas em R$ 54,3 bilhões, demonstrando um planejamento fiscal ambicioso, com atenção estratégica ao equilíbrio financeiro. Segundo o secretário, o orçamento já antecipa os efeitos da provável adesão de Goiás ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PROPAG), o que pode reduzir significativamente o custo da dívida pública.
Um dos principais destaques da LOA é a previsão de R$ 1,9 bilhão para obras de infraestrutura, alocado especialmente por meio do Fundo Estadual de Infraestrutura (FUNDEINFRA), que deve receber R$ 340 milhões. Esse montante visa dar fôlego a projetos estruturantes já amadurecidos para execução.
Além disso, o Estado destinou R$ 1,6 bilhão para programas sociais, refletindo prioridades em áreas como saúde, educação e assistência social. Há ainda R$ 567,8 milhões em emendas impositivas, valor destinado por parlamentares para projetos locais.
Sérvulo destacou que, mesmo com pressões nos gastos correntes, o Governo de Goiás mantém a disciplina fiscal. A expectativa é que o serviço da dívida atinja R$ 1,37 bilhão, montante já levando em conta a redução proporcionada pela entrada no PROPAG — sem o programa, esse valor poderia chegar a R$ 1,8 bilhão.
Do ponto de vista social, estão previstos investimentos consideráveis: para a educação, a LOA projeta R$ 9,2 bilhões, enquanto para a saúde, estima-se R$ 4,8 bilhões, garantindo o cumprimento dos mínimos constitucionais.
Também há otimismo quanto ao resultado fiscal: prevê-se um superávit primário de R$ 663 milhões, acima da meta estabelecida. Para compor esse cenário, as estimativas macroeconômicas consideram crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estadual de 1,85% e inflação de aproximadamente 4,5%.
Na audiência, o secretário reforçou que o plano de grandes investimentos busca não só impulsionar a infraestrutura de Goiás, mas também fortalecer políticas públicas essenciais e consolidar a sustentabilidade das contas estaduais.